A resistência do alcoólico a ser ajudado pode ser frustrante.

Uma vez que a negação do problema é um dos sintomas do alcoolismo, os alcoólicos tendem a ser evasivos quando questionados sobre a sua maneira de beber e alguns profissionais de saúde podem não se aperceber que o alcoolismo pode estar a influenciar o quadro sintomático. A maioria dos alcoólicos irá opor-se à ideia de que tem um problema com álcool assim como à sugestão de Alcoólicos Anónimos como um último recurso. 

Algumas objeções a AA que são habituais.

“É demasiado religioso”
“Não quero levantar-me e expor a minha alma à frente de muitas pessoas.”
“Não me quero juntar a um grupo de falhados. É demasiado deprimente.”
“Eu não posso ir lá. Todas essas pessoas estão sóbrias e eu não estou. Ficaria demasiado envergonhado.”
“Não quero que toda a gente saiba do meu problema com a bebida.”

O conhecimento que alguns profissionais de saúde adquiriram sobre Alcoólicos Anónimos e como o aplicam.

Muitos profissionais de saúde encontraram formas eficazes de encaminhar pessoas para AA. Uma médica sugere que os profissionais de saúde deveriam assistir a reuniões abertas de Alcoólicos Anónimos pois é extremamente difícil sentir-se confiante em recomendar a alguém uma organização que o próprio pouco conhece. Esta profissional de saúde acha útil ter uma lista de contactos de AA disponíveis para levar pessoas à sua primeira reunião. Sugere que façam perguntas específicas ao seu paciente como a que reuniões foi, quantas vezes, e se conseguiu um “padrinho” AA que o ajude a integrar-se na Comunidade e a trabalhar o programa de recuperação. Quer o alcoólico sofra de um fígado doente ou de uma depressão emocional, conseguir a sua sobriedade é o primeiro passo para a recuperação.  

AA e alcoolismo.

Desde o seu começo, os membros de AA encaram o alcoolismo como uma doença. Os alcoólicos não conseguem controlar a sua forma de beber porque estão doentes física e mentalmente (ou emocionalmente). A maioria dos membros de AA percebeu que a sua doença também é caraterizada por uma deficiente espiritualidade.
Os membros de AA também entenderam que a verdadeira recuperação só pode começar com um “autodiagnóstico” ou seja, com o reconhecimento do Primeiro Passo de AA: “Admitimos que éramos impotentes perante o álcool – que as nossas vidas se tinham tornado ingovernáveis”.

Pela primeira vez numa reunião de AA.

Quando os profissionais de saúde recomendam AA, eles e o alcoólico devem dar uma oportunidade justa a AA e não avaliar a sua eficácia por uma ou duas reuniões. Neste processo é importante conseguir um padrinho mesmo que temporário. É desejável que a pessoa vá à sua primeira reunião acompanhada por um membro mas não é imprescindível. A maioria dos recém-chegados tem muitas dúvidas. O padrinho pode esclarecê-las e tranquilizar explicando que outros também sentiram o mesmo medo e relutância em dar um primeiro passo em direção à recuperação. Partilhar experiência como iguais é o único serviço que Alcoólicos Anónimos oferece. Normalmente os profissionais de saúde encontrarão membros de AA não só dispostos mas desejosos de iniciar recém-chegados no programa de AA. 
O profissional de saúde que trabalha em estreita colaboração com Alcoólicos Anónimos está numa posição privilegiada para aconselhar, ensinar e ajudar numa área muito compensadora na qualidade do tratamento e no sucesso da recuperação de alcoólicos. Convidamos os profissionais de saúde a assistirem a uma reunião aberta e ver o que AA oferece ao alcoólico.

Como entrar em contacto com AA.

Uma simples chamada telefónica é quanto basta para a ajuda. O número de telefone de AA aparece na maioria das listas telefónicas, nalguns jornais locais, afixado em alguns centros de saúde e farmácias. Alguns profissionais de saúde pedem ao paciente para ligar para o número de AA enquanto ainda estão no consultório, oferecendo assim uma oportunidade imediata de conseguir ajuda. Outros, simplesmente incluem AA no seu plano de tratamento.
Membros do grupo de AA mais próximo podem ser uma mais-valia para os recursos do técnico de saúde. Os membros de AA também podem ser uma ajuda quando o seu paciente está numa instituição de saúde. Basta ligar para o número de ajuda nacional.
Se nos solicitar, podemos efetuar sessões de informação para a sua organização ou instituição. As sessões podem ser adaptadas em função das suas necessidades. Um programa típico pode incluir a exibição de um pequeno filme, uma partilha de vida de um membro de AA e informação sobre “O que AA é e o que não é”.
Para entrar em contacto connosco basta ligar o nosso número de ajuda nacional 217 162 969.